Em 01 de fevereiro de 1969, o Professor Reinhardt Adolfo Fuck chega em Brasília para compor o quadro de professores do Instituto de Geologia da UnB. No ano seguinte, passa a integrar a equipe responsável pela coordenação do XXIV Congresso Brasileiro de Geologia, que junto ao renascimento do curso de Geologia da UnB, configurou um importante impulso na consolidação e divulgação da Geologia do Brasil Central.
A realização do 50° Congresso Brasileiro de Geologia, na capital federal do país, se posiciona como a oportunidade perfeita para homenagear o Professor Fuck, dono de um legado imensurável de mais de 50 anos de conhecimento geológico. Em sua trajetória, fez inúmeras contribuições à Geotectônica da Faixa Brasília, representada em sua forma lúdica na logomarca do 50° CBG. Após décadas de dedicação, o Professor continua a inspirar com seu comprometimento nas pesquisas e orientação de alunos, em atividades administrativas e de extensão.
Além de exercer sua carreira acadêmica com brilhantismo, sempre foi assíduo e participativo nos eventos promovidos pela Sociedade Brasileira de Geologia, na qual é sócio efetivo desde 01 de fevereiro de 1967.
Como em todo congresso, a organização do CBG de 1970 exigiu muito trabalho e dedicação. Ao ser convidado para ser Presidente de Honra do 50° CBG, Professor Fuck certificou-se, em tom animador, que dessa vez não precisaria botar a mão na massa: “…ainda estou descansando do congresso de 1970!”. Dono de simplicidade, simpatia e bom humor ímpares, o Professor recebe profundo respeito e admiração de toda comunidade geocientífica nacional.
Nascido no interior de Santa Catarina e graduado em Geologia pela Universidade do Rio Grande do Sul, em 1963, Reinhardt Adolfo Fuck completou seu doutorado na Universidade de São Paulo, em 1972, e pós-doutorado na Universidade de Durham, Inglaterra, em 1975. É Professor Titular (aposentado) e Professor Emérito da Universidade de Brasília, onde atualmente é pesquisador colaborador. É titular da Academia Brasileira de Ciências, bolsista 1A de produtividade Científica do CNPq e Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Estudos Tectônicas. Possui foco em Geologia Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: Neoproterozóico, Província Tocantins, Faixa Brasília (embasamento, arco magmático), Província Borborema, estrutura da crosta e litosfera. Em 2002, recebeu a comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico do Presidente da República do Brasil e em 2008 foi promovido à Grã-Cruz. Foi homenageado com a Medalha de Ouro José Bonifácio de Andrada e Silva da Sociedade Brasileira de Geologia em 2003 e com a Medalha Irajá Pinto, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 2007. Em 2005 recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília, da Câmara Distrital do Distrito Federal.
É com esse espírito e amor à Geologia, que a SBG se inspira em entregar à comunidade geocientífica, um evento inesquecível em 2021!
A comissão organizadora.
*Informações coletadas na plataforma lattes do CNPq, no banco de dados da SBG e por transcrição do quadro “Memórias Acadêmicas”, promovido pela TVUnB.
O Instituto de Geociências (IG) ocupa área de mais de 6.550 m2 no prédio do Instituto Central de Ciências (ICC), mais conhecido como Minhocão por sua forma longilínea. O IG possui ainda dois prédios próprios, onde estão instalados o Observatório Sismológico e o Laboratório de Geocronologia, com área adicional de 2.500 m2. No ICC funcionam a Direção e Secretaria, salas de aula, laboratórios, salas individuais de professores, salas para alunos de pós-graduação, o Museu de Geociências, os Centros Acadêmicos de Geologia Jorge Gushiken (CAGEO) e de Geofísica (CAGEF) e o Grupo Espeleológico da Geologia (GREGEO).
O Instituto de Geociências da UnB conta com laboratórios em todas as subáreas das Geociências, aos quais os estudantes têm amplo acesso. Quase todos os laboratórios possuem equipamentos de última geração, a fim de atenderem adequadamente às atividades de ensino e pesquisa desenvolvidas no âmbito do Instituto, bem como ao intercâmbio com outras universidades, instituições de pesquisa e empresas do País e do exterior. Encontram-se em pleno funcionamento os laboratórios de laminação, preparação de amostras, separação de minerais pesados, computação, microscopia, inclusões fluidas, difratometria de raios X, microssonda eletrônica, geoquímica, isótopos estáveis, geocronologia, micropaleontologia, microscopia eletrônica de varredura, sensoriamento remoto e análise espacial, geofísica aplicada, laboratórios do Observatório Sismológico e de estudos da litosfera.
O Laboratório de Geocronologia possui excelente estrutura para análises geocronológicas e de geoquímica isotópica, que têm sido realizadas para a comunidade científica nacional e internacional, além de empresas públicas e privadas.
O Museu de Geociências é um dos principais museus da UnB. Possui acervo expressivo e diversificado, que atende à visitação diária da comunidade da UnB, de grupos de estudantes do ensino fundamental e médio e da sociedade em geral.
O Observatório Sismológico (SIS) é um Centro do Instituto de Geociências (IG) da Universidade de Brasília (UnB). Suas responsabilidades envolvem o ensino (níveis de graduação e pós-graduação), a Extensão e a Pesquisa relacionada à sismicidade e à estrutura do interior da Terra. Sua principal atividade é o monitoramento sismográfico da sismicidade brasileira, natural e induzida por reservatórios.
Veículos apropriados para trabalhos de campo estão à disposição dos estudantes e professores.